Eu comecei a trabalhar com tecnologia em 2006, mas foi no ano seguinte que eu comecei a pensar em utilizá-la para ganhar dinheiro. Não falo de ter um emprego normal, me refiro a gerar renda extra, renda passiva, lifestyle business ou como preferir chamar, que é o que realmente lhe permite crescer significativamente seu patrimônio uma vez que não depende exclusivamente da sua forca de trabalho 40h por semana. Meu primeiro invento neste sentido foi um blog de games em 2007, onde eu tinha AdSense como forma de monetização e que me mostrou que isso poderia ter algum futuro.
Ali por volta de 2008 ou 2009, não lembro ao certo, eu comecei a automatizar algumas atividades na empresa onde eu trabalhava na época, a RedeHost, aumentando a produtividade de alguns setores e profissionais. Toda e qualquer tarefa repetitiva, que chamávamos de “trabalho de macaco” ou “trabalho de corno”, já brilhava meus olhos e eu tentava criar uma ferramenta para automatizá-la, foi quando veio o apelido LuizTools, como conto aqui.
Esses foram os primeiros bots que fiz, como um que lia emails de uma conta da empresa e já dava algumas respostas padrões (consultando o banco de dados para inserir informações personalizadas junto das respostas) ou redirecionava para humanos responderem. Chamávamos ele de Macaco Mensageiro e foi construído em menos de uma semana, permitindo que um profissional do suporte que só fazia isso pudesse ser alocado em atividades mais interessantes para sua carreira.
Muito inspirado em leituras como Trabalhe 4h por Semana, O Império dos Apps e A Via Expressa dos Milionários, eu ficava buscando ter ideias maiores e melhores de como usar este conhecimento para gerar renda extra.
Se preferir, você pode assistir ao vídeo abaixo ao invés de ler o artigo.
WebCrawlers e WebScrappers
Mas as ideias começaram a ficar maiores e mais interessantes e em 2010 eu tive a ideia de criar meu primeiro bot mais profissional e com viés de fazer dinheiro, o Car in Time, que era o coração do Busca Acelerada na época. Ele era um WebScrapper em tempo real, de classificados automotivos então no exato instante que o usuário fazia uma busca, o meu motor de busca fazia a tradução para os diferentes sites de classificados, fazia o scrapping das informações e apresentava os resultados aos usuários.
Mais tarde, em 2012, eu evoluí a arquitetura para que ela funcionasse com múltiplos bots e para que também fosse assíncrona. Assim, meus bots trabalhavam durante a madrugada coletando e tratando as informações de modo que durante o dia o mecanismo operasse de maneira performática e assertiva. Esses ajustes fizeram o Busca Acelerada decolar, vencemos competições, recebemos investimento e durante três anos toquei o projeto full time, tendo sido meu primeiro bot que me deu uma boa grana e que ainda gera renda passiva até hoje.
Posso dizer que ter aprendido a criar webcrawlers e webscrappers me trouxe muita prosperidade, tendo sido parte importante das minhas fontes de renda nos últimos 10 anos. Muitas empresas acabaram me contratando depois de ter criado o Busca Acelerada para fazer bots como freelancer amador e mais tarde profissional (com CNPJ). Desde partidos políticos, a escritórios de advocacia, entidades profissionais, empresas de software, de conteúdo…Como informação é o ouro da era digital, eu acabei me tornando uma espécie de “especialista do garimpo digital”, dando inclusive palestras e cursos sobre o assunto durante vários anos.
Mas ao longo dos anos eu me peguei pensando se existia algum tipo de bot que pudesse me dar mais dinheiro do que coleta, tratamento e venda de informações. Cheguei a construir outros buscadores como de fofocas de artistas, vagas de emprego…mas todos demonstravam que, no máximo, chegariam ao mesmo sucesso que tive com o Busca Acelerada.
Quando decidi deixar o mundo das startups e ir para o mundo corporativo eu queria ir para um lugar que mexesse com dinheiro de verdade. Eu tive a sacada que nada daria mais dinheiro do que mexer com dinheiro. E qual o melhor lugar para aprender sobre isso do que trabalhando em um banco?
Bots de Criptomoedas
Foi assim que fui parar no Agibank em 2017, exercendo a liderança dos projetos de canais digitais deles (mobile e internet banking) e mais tarde organizando e liderando a transformação ágil do banco, onde fiquei até 2019 quando fui para o Banco Topázio.
Foi nesses bancos onde aprendi a investir, embora já o fizesse de maneira modesta desde 2015, principalmente para multiplicar os ganhos obtidos com meus bots e empreendimentos. Em um banco, absolutamente falamos de dinheiro TODOS os dias. Seja nas funcionalidades que estamos desenvolvendo, seja sobre os resultados financeiros dos produtos, seja trocando experiências pessoais de multiplicação de patrimônio.
Eu não sei onde você estava ou o que estava fazendo em 2017, mas se não lembra, foi quando tivemos o penúltimo boom do Bitcoin (o mais recente foi em 2021) e não se falava em outra coisa. Eu já conhecia Bitcoin mas nunca tinha investido por considerar arriscado demais. O fato é que aquele alvoroço todo no banco me chamou a atenção e decidi olhar alguns números.
Mesmo não sendo um trader, mas aprendendo um pouco aqui e ali, consegui identificar alguns padrões de alta e baixa que estavam se repetindo diariamente com um spread na casa dos 8%. Enquanto que os meus investimentos rendiam pouco mais de 1% a.m. eu via ali uma possibilidade de fazer isso em um dia!
O que você imagina que eu fiz? Criei um bot de criptomoedas, é claro!
Basicamente eu automatizei o acompanhamento dos indicadores do Bitcoin e coloquei minha estratégia de compra e venda no bot para que ele a disparasse toda vez que as condições estivessem de acordo com minhas regras. E foi tiro certeiro!
Na época eu operava com a Mercado Bitcoin, mas também operei com FoxBit, Poloniex e BitcoinTrade, até conhecer a Binance e me “apaixonar”. Cheguei a tentar arbitragem entre exchanges mas o que me deu dinheiro mesmo foi seguir meus fundamentos e focar em apenas uma exchange.
Nos últimos anos as criptomoedas foram parte importante dos meus investimentos no que tange a parcela de risco que concordo em assumir para minha carteira e sempre o fiz de maneira automatizada com os bots que criei, como o Beholder, que acabou sendo a evolução daquele bot original lá de 2017. Algumas conquistas importantes em termos de bens materiais tiveram apoio importante das criptos.
Além disso, absolutamente todos os dias recebo mensagens nas redes sociais de pessoas e empresas querendo contratar meus serviços para desenvolvimento de bots de criptomoedas ou mesmo querendo comprar bots prontos. Eu tranquilamente poderia viver disso se quisesse.
Se eu fiquei rico com algum dos bots que criei? Não, e nem era o objetivo, embora teria sido maravilhoso se tivesse acontecido, hahaha.
Meu objetivo desde o início foi sempre gerar renda passiva, como um complemento às minhas atividades principais como liderar grandes projetos de tecnologia e lecionar. E nesse ponto, eu fui bem sucedido.
Se você busca este tipo de objetivo, aprender como e desenvolver seus próprios bots é um caminho que recomendo a todos meus alunos. No pior dos casos, eles aprenderão um monte de tecnologias bacanas no processo e terão um portfólio bem variado, fugindo dos CRUDs tradicionais.
Além de WebScrappers e bots para criptomoedas, outra categoria que está muito em alta ultimamente são os chatbots, principalmente os integrados ao WhatsApp. Ficam aqui essas 3 dicas de estudo para você, basta clicar nos links acima.
Falo mais sobre renda passiva com bots no vídeo abaixo.
Olá, tudo bem?
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